quinta-feira, 24 de julho de 2014

Grandes Senhores, Alta Finança
















É com alguma surpresa e indignação que se ouvem certas notícias.
Logo de manhã, ainda a gente mal abriu os olhos e zás!
Lá está bem audível:
Ricardo Salgado, aquela figura poderosa, respeitada e considerada, foi preso esta manhã.
Meu Deus! O mito caiu.
O senhor do dinheiro, com o nome manchado.
A ganância terá falado mais alto.
A ganância não tem limites.
Ainda há quem se indigne quando um qualquer cidadão sem emprego, ou com um ordenado de miséria e filhos para sustentar, faz um desvio do que lhe faz falta numa qualquer superfície comercial!
É claro que não é uma atitude de aplaudir, mas ver a fome nos olhos dos filhos também não será fácil!
A esses, coitados, ninguém perdoa.
A estes poderosos, uma boa maquia resolve tudo!...
Ó mundo sem critério!


Abraço.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Falar cerrado

 




A língua portuguesa quanto a mim é uma língua muito bonita, mas é também muito difícil de falar correctamente.
Se analisarmos a coisa com algum pormenor, chegamos à conclusão de que, apesar de sermos todos portugueses, nem sempre fazemos bom uso dela.
Falemos para já da forma como o Povo a utiliza.
De região para região, as formas de dizer são diferentes, tal como a sonoridade também.
Quando se cresce numa zona e depois por questões pessoais e/ou profissionais se vai viver para outro sítio distante, às vezes custa a entrar no linguajar local.  
Se nos virarmos para as Ilhas, então, tudo se complica.
Bom, mas isto falando apenas de sotaques e formas de falar.
Porque se observarmos atentamente os que todos os dias nos entram em casa via televisão e teriam obrigação de falar escorreitamente esta língua de Camões, ficaremos tudo menos felizes.
Diria eu que é de bradar aos céus!
Dizer a palavra correctamente parece que foi coisa que nunca ninguém lhes ensinou.
Deitam para o ar toda a espécie de atoardas, com o à-vontade dos ignorantes e com pose de sabichões.
Mas enquanto se trata de pronúncias e de sotaques, até tem a sua piada, até enriquece o vocabulário popular.
O pior é quando se trata de transmitir correctamente a forma de dizer.
 Se Camões voltasse, morreria de indignação!

Agora decifrem se conseguirem.
Resposta de uma mulher do povo trabalhador da Beira Baixa, quando, à volta de um forno, lhe perguntam se o pão demoraria a cozer?
Resposta:
«Isto, quando os laris estão cotiados,
O forno é c'ma 'ma sartã»!...

Perceberam?
Fica o desafio.


Abraço.

domingo, 20 de julho de 2014

Beleza natural







O sol

É bonito o sol.
É um mundo de luz e de leveza que invade o espírito e faz o coração bater uma batida mais certa como o relógio de parede, que compassadamente faz tic-tac.
Neste silêncio de luz, a esperança é mais real, o Mundo parece mais humano.
Aqui no meu canto já de si colorido, as plantas mostram ainda mais cor.
Os raios trespassam-nas, elas, preguiçosas, estendem os braços ao encontro da luz e do calor.
E crescem com o prazer quente de quem sente a carícia.
Tanta luz faz rir a terra, que se abre em sorrisos rasgados.
O ar leve e fresco passa como que a disfarçar a felicidade de pertencer a um Mundo onde a beleza natural se mostra no seu esplendor!
Devia ser proibido profanar o que de belo o sol nos dá.
Um bom Domingo.


Abraço. 

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Hoje, apenas dois pensamentos!

As únicas críticas que constroem o meu carácter, são aquelas que são feitas nos meus olhos.
O resto, são apenas opiniões vistas com maus olhos!...
O melhor indicador do carácter, é ver como uma pessoa trata outra quando ela precisa da ser bem tratada.
Estas regras não se aplicam a uma pessoa: aplicam-se ao mundo inteiro. 

Abraço.

sábado, 12 de julho de 2014

Em negação

 



O que me levou a este assunto foi o facto de assiduamente ler os comentários que se fazem no facebook  dos  Descendentes do concelho do Sabugal.
É agradável notar que a maioria das/dos beirões que o frequentam são pessoas que se mostram verdadeiras consigo e com o seu passado, sem rebuços e/ou complexos.
Que assumem as suas origens com orgulho, apesar de se notar que alguns tiveram inícios de vida difíceis e que tiveram contacto directo com o trabalho do campo e com as tarefas duras, que de certa forma os marcaram.
É bonito ver que ainda há quem se orgulhe do que foram as suas origens.
Vê-se que têm saudades do canto que os iniciou para a vida e lhes deu as primeiras «ferramentas», para que mais tarde, já lá longe e desenraizados, soubessem escolher melhor o caminho.
Caminho esse que se distingue pelos valores e princípios que os seus mais velhos, naquele pequeno pedaço de país, lhes mostraram com o exemplo das suas próprias vidas.
Fico agradada ao ver este comportamento.
Isto porquê?
Porque são tantos os que se escondem e disfarçam os seus passados!
Os que têm vergonha das suas origens e da dos seus!
Dos que, convencidos da sua superioridade, têm vergonha de mostrar a família que lhes deu o ser.
Os que não aceitam a realidade e vivem eternamente em negação.
Os que constroem para si e para os outros o status  e as origens que gostariam de ter tido.
Gosto das gentes verdadeiras e assumidas.  
Por isso gosto de ir ao Descendentes.


Abraço.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

«Você aqui não manda nada»















Cada vez vemos mais profissionais que dão mostras de pouca preparação para desempenharem a sua profissão.  
Isto para não falar do relacionamento pessoal com quem precisa deles!
Deparamos com factos que dão que pensar.
A que é que isto é devido, é um problema ainda mais sério e que não me compete a mim analisar.
A Escola é que terá o dever de pensar no assunto, de o analisar e de tirar conclusões de uma forma séria.
Damos conta de que os vários e óptimos profissionais que há alguns anos eram considerados e respeitados deixaram disso apenas a lembrança.
A substitui-los, ficaram pessoas com uma preparação fraca e uma grande parte deles sem a cultura social e cívica necessária para porem em prática os mínimos que aprenderam.
Não se nota numa parte dessas pessoas nem respeito nem sensibilidade por nem para com as pessoas que deles precisam.
A cultura geral, a sensibilidade e o civismo estão ausentes dos seus interesses e das suas preocupações.
Infelizmente vemos isto com maior frequência do que desejaríamos, e estranhamos.
Para falar apenas de um caso entre outros que conheço, vou falar de um senhor que é «apenas» um padre e segundo a Igreja, um «ministro de Deus».
Então, aí vai!
Uma pessoa do povo que conheço muito bem e com idade para ser mãe do prior, dirigiu-se à Igreja local e com respeito disse:
«Senhor padre, venho mandar rezar uma missa, por alma de….»
Resposta pronta do prior ainda jovem:  «Você aqui não manda nada, quem manda aqui sou eu»!
Atónita, a pessoa nem percebeu o que ouvira.
Repetiu o pedido da mesma maneira, daquela que ela sempre usara. A resposta repetiu-se.
Magoada e sem compreender a falta de educação do jovem padre, retirou-se!
Só já cá fora é que entendeu!
O padre não entende o linguajar do povo.
Neste caso, do povo da Beira Baixa, que, tanto quanto eu sei, é assim que pede ao padre para rezar uma missa!....
Não! O jovem entendeu o pedido como se fosse uma ordem.
Foi mal-educado, arrogante, insensível e ignorante.
Apenas uma pequena amostra, da mescla das gentes sem qualidade que por aí há.


Abraço.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

É tudo tão relativo

 


Estas últimas duas semanas foram férteis em surpresas tristes.
Casos abruptos e chocantes, deixaram algumas mães sem os seus filhos que amavam.
Longe de imaginarem os duros acontecimentos, receberam em choque a notícia que irá mudar-lhes a vida para sempre.
Assim a seco, rebentou-lhes em cima o raio mais inesperado e mortífero das suas vidas.
É inimaginável o sofrimento de uma mãe que perde um filho, ainda por cima quando ele é jovem e tem o futuro pela frente.
Um tsunami violento derrubou-lhes as vidas e os projectos.
Imagino que o chão se abriu, o cérebro rodopiou e os movimentos prenderam-se.
A vida, essa, deixou de ser.
Onde está tudo aquilo que construíram e projectaram?
O céu está carregado de nuvens.
Tão negras que é impossível ver o caminho.
O sol não promete voltar tão cedo!
Estas mulheres merecem a nossa solidariedade e que lhes digamos que estamos com elas na sua dor.
É relativa, mesmo, a vida!
Se dúvidas houver, é olharmos à nossa volta!...
  

Abraço.