terça-feira, 21 de agosto de 2012

Num ápice


 















Não sei muito bem porquê ou talvez saiba, este mês de Agosto está a correr veloz.
Como tenho o meu tempo sempre preenchido com tarefas que me dão prazer, não tenho dado conta de como os dias correm.
Dei comigo a pensar como era quando eu ainda estava no activo.
Contava cada dia e tentava saboreá-lo o melhor que podia.
Agora aqui neste remanso em que nada é feito com pressa, não dá para andar ansiosa a contar os dias.

Contudo, com a crise que está aí, sei que muita gente dirá:
- Que bom ter um emprego onde voltar!
Ainda que mal pago.
Onde cada vez se é mais explorado.
Onde a garantia de estabilidade é cada vez menor...
Sempre será melhor, do que estar sem perspectiva.
E ver o futuro mais negro ainda.

Estamos todos no mesmo barco.
Barco esse que continua à deriva.
Que foi largado no oceano e cada um que tem essa oportunidade, tenta transviá-lo ainda mais.

Com a maior dignidade possível, certamente tentaremos guiar a nossa vida sem ultrapassarmos os limites das nossas possibilidades.  
Quem dera a todos terem um emprego ainda que coisa pouca.

Melhores dias virão?....

Abraço.

1 comentário:

  1. É bom ter o tempo sempre preenchido, é muito bom se for com tarefas que nos dão prazer e é excelente quando nessas tarefas está a escrita.
    Escrita interventiva, de alguém que podendo não se acomoda, que se preocupa, porque está preocupada com os outros.
    Como dizia o poeta «La vida no vale nada si yo me quedo sentado»
    Continua, se não por ti, pelos outros.
    Até sempre.

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