
Depois de cometermos alguns excessos, normalmente segue-se um período de ressaca.
Ficamos enjoados, com dores de cabeça e às vezes até dores
no corpo todo.
É uma ressaca para esquecer, de tão má.
Também depois de passarmos um período menos bom das nossas
vidas, isso pode acontecer.
Basta que o horizonte se nos apresente limpo de nuvens.
E que o sol aponte e nos aqueça a alma e o coração.
Essa também pode ser uma ressaca, mas é diferente, é uma
ressaca boa.
Que nos transmite alívio, calma e um bem-estar que nos faz
bem.
Que nos traz de volta ao nosso normal, que nos ajuda a
respirar de alívio.
Que nos dá uma perspectiva da vida com cor e mais luz.
Que transforma os nossos dias em dias mais agradáveis e com
sabores que não experimentávamos há muito.
Por mim, já experimentei as duas.
Num dia de convívio com um grupo de amigos, só foi preciso
beber um copo de vinho ao jantar e depois no término da noite, numa discoteca,
beber uma vodka com laranja.
As primeiras horas que se seguiram foram de grande animação,
desinibição e leveza!
O pior veio a seguir.
A casa de banho era pequena para as minhas necessidades.
Seguiram-se dois dias de cama sem vontade de sair de lá.
Uma autêntica doença!...
Este foi um acontecimento que ficou para a história.
Até porque todos os que me conhecem sabem que sou uma
abstémia militante.
Aquilo foi caso único.
Repeti-lo está fora dos meus horizontes.
Ressaca por ressaca, melhor esta última!...
Amolece, mas sabe bem melhor.
Abraço.
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