
Sei que a vida não está bem para a maioria das pessoas.
Sei que há no ar um cheiro a preocupações que tira o sono e
o sorriso a muitos.
Sei que a maioria se levanta de manhã sem entusiasmo e sem
energia.
Sei que muitos nem sequer têm emprego.
Sei que aqueles que o têm pelo menos uma grande parte são precários.
Temos ainda os outros, os que conseguiram manter-se, mas que,
e depois de terem trabalhado uma vida, vêm-se todos os dias confrontados com os
direitos adquiridos roubados.
Como não há-de o ar estar impregnado de preocupações?
A perspectiva de um
futuro incerto provoca em todos desânimo e falta de entusiasmo.
Não se pode agarrar uma vida e uma profissão com gosto e
garra, se não houver incentivos e alguma recompensa.
Só assim nos sentiremos pessoas dignas e com um lugar útil
na sociedade.
Não é espezinhando os
trabalhadores e retirando-lhes a sua dignidade e brio, que se consegue produzir
seja o que for.
É muito complicado quando se pensa a sério na situação em que
se vive.
Sente-se uma grande angústia.
Uma grande revolta e uma impotência sem limites.
Mas… então, não estamos todos no mesmo barco?
Não é a união que faz a força?
Porque é que nem toda
a gente percebe isto que me parece tão óbvio?
O comandante do navio é que está a mais!
Tem que ser substituído não?
Abraço.
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