segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Coliseu dos Recreios




Não sei quantas vezes eu já passei por aquela porta!
Às vezes em trabalho, outras para ver espectáculos que me interessam.
 Uma das actividades que me levaram lá com alguma frequência foram os espectáculos de circo pelo Natal.
As crianças com quem então trabalhava assim o exigiam.
Depois de tudo programado atempadamente, em fila indiana e grande excitação, tinha a difícil tarefa de levar e trazer de volta sãs e salvas, as crianças daquele grupo que me era confiado.
Era com prazer que desempenhava aquela tarefa.
Só para ver os rostos daquelas crianças inundado de alegria e os seus gestos de entusiasmo e espanto, valia a pena não falhar o espectáculo.
 Eram momentos esfuziantes e compensadores.
A hora dos palhaços era a mais esperada.   
Este fim-de-semana «fui várias vezes ao Coliseu» sem querer.
Nas horas em que liguei a TV, normalmente para ver as notícias, lá estava o Coliseu.
Abarrotava de gente que berrava, gesticulava, e até faziam gracinhas!
Mas… olha! Estes não têm o chapéu de palhaços, nem nariz abatatado!...
Só fazem piruetas umas atrás das outras, como que para ver quem faz a melhor!
Estavam todos, desde o palhaço pobre, até ao palhaço rico.
Alguns deles, até fazem comentário político. Mas… ali, não contestaram nem criticaram.
Apenas se limitaram a ser todos muito amigos!... Tão queridos.
Barões, baronesas, todos em cavaqueira amiga!
Que saudades dos palhaços a sério e de programas que eduquem, que instruam e abram horizontes a quem não os tem!...
Raio desta palhaçada.

Abraço.

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