
Os chorões que se estendem escarpa abaixo até ao mar
convidam a sentar e esperar o pôr-do-
Os olhos regalam-se com o cenário que se repete todos os dias
e que acontece sem pressa.
Uma cauda longa de luz estende-se pelas águas mansas e bamboleantes
do oceano, que hoje está especialmente bonito.
O sol caminha devagar para o seu esconderijo atrás das
nuvens, que se apresentavam grossas e difíceis de romper.
Escorrega e tranquilamente despede-se do dia que está
prestes a terminar.
Aquela bola de fogo refugia-se e mergulha sem deixar rasto.
O mar abraça a areia com os seus braços de gigante e acaricia-a
como se tratasse de um amor sem fim.
O lusco-fusco convida ao regresso a casa.
Mesmo à saída, o imprevisto aconteceu.
A ciência e o progresso cortaram aquele clima de
introspecção.
No ar, um «drone» tele-comandado desviou as atenções dos que
tinham ido apenas ver o pôr-do- sol!
Cabeças no ar, os últimos instantes foram para seguir as
maravilhas da técnica que aquela máquina conseguiu demonstrar.
Sofisticada e super-silenciosa.
Valha-nos isso!
De outro modo, quebraria o encanto!
Abraço.
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