
Às vezes
questiono-me: porquê esta quase necessidade, este prazer de passar a escrito, o
que me vai no cérebro!
Ao fazê-lo,
sinto-me como se tivesse arrumado objectos valiosos, que andavam mais ou menos
amontoados sem um lugar definido.
O meu cérebro é
esse lugar, que agradece a organização.
É isso que eu
sinto quando escrevo. As ideias ficam mais definidas e etiquetadas.
Faço uma espécie
de seriação, acomodando cada uma em seu compartimento.
Quando se
escreve, adquire-se um estilo próprio. O meu é intimista. Daí que, quando
comecei a escrever, eu achasse que não interessaria a quem lesse, pois são
assuntos por vezes muito meus e da minha zona de privacidade!
Se é privado
porque partilhá-lo?
Para mim faz
sentido, é uma forma de conviver, de me manter viva e de obrigar o cérebro a
estar activado.
Então e não é que
gosto deste convívio calmo e saudável?
Escreverei sempre
que precisar e sobretudo enquanto me der prazer!
Obrigada a todos
os que me lêem e me fazem companhia!
Abraço.
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