Oiça aqui o sino da minha aldeia: https://www.facebook.com/dulce.martins.7528/posts/1597749227142383
Sabem quando estamos
muito ligados a a alguma coisa ou a alguém?
Quando somos
obrigados a deixar essa coisa ou esse alguém?
Ficamos meio
perdidos e com um lugar vago no coração apertado!
Todos os
nossos sentidos se agitam e desejam retomar o que deixaram.
Faltam coisas
em nós!
Faltam as RUAS que até então percorremos.
Faltam PESSOAS
com o seu jeito de dizer e de estar.
Faltam os SÍTIOS
que nos acolheram em momentos bons e menos bons.
As PAISAGENS
que durante anos espreitámos ao levantar.
A QUIETUDE ou
o SUSSURRAR das árvores tocadas pela ventania!
Os CHEIROS que
ficaram colados à pele mas que cheiramos lá longe.
Os SONS, que
continuam inscritos na nossa memória auditiva e que se ouvem, ouvem, ouvem!!!
Vamos lá saber
porquê, há pelo menos três deles, desses sons, que «oiço» com frequência!!!...
O som do sino
da minha aldeia.
O som da água
das torneiras do «meu» chafariz a correr ininterruptamente.
O som ronceiro
dos rodados dos carros de vacas pela madrugada, a saírem para os campos.
Depois, o «som» do SILÊNCIO!
Em dias de calmaria
e em noites de inverno!
Talvez por
isso, o silêncio às vazes me seja tão caro!
Em tempos de tantos
ruídos a esmo, e muitas vezes sem sentido, o silêncio
para mim, ainda é de ouro!
Abraço.
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