
Quando me debruço sobre o computador ou quando pego no telemóvel, muitas vezes me lembro de como hoje é tão fácil comunicar!
Para os mais
jovens, aqueles que nasceram depois de 1975, devo dizer que nem sempre foi assim!
Os dessa geração nem
imaginam como há quarenta, cinquenta e mais anos, era dificil contactar com
alguém!
Apenas havia nas
aldeias (talvez nem em todas) um telefone público que deveria funcionar das oito
às vinte e quatro horas e um posto de correio onde as notícias chegavam uma vez
ao dia!
Só para terem uma ideia, muitas vezes uma carta, ou uma
encomenda, demorava(m) dias a chegar de um lado ao outro!
Isto, dentro do
país.
Porque, se se
tratasse do estrangeiro ou das antigas colónias, poderiam demorar oito ou mais
dias.
Quando alguém
adoecia ou por qualquer outro motivo precisasse de um médico, passavam horas até
se conseguir o contacto com quem viesse em socorro.
A palavra urgência,
nessa altura, não tinha qualquer peso.
Tempo! Era preciso
dar tempo!
Muitas mortes
aconteceram por falta de socorro atempado!
Na minha aldeia, havia
um homem bom (por acaso meu tio por afinidade), que, apesar de não ser médico
nem enfermeiro, tinha uma grande queda para a medicina.
Era o meu saudoso
tio Narciso Nobre!
Era uma espécie
de João Semana. Sempre acompanhado pelo prontuário médico, era ele quem chegava
primeiro.
Fosse dia ou
fosse noite ia, prestava os primeiros socorros e medicava.
Era contactado
por toda a aldeia e pelas aldeias vizinhas, por exemplo, a Moita.
Hoje, os meios de
comunicação são uma mais-valia – só é pena
é que muitas vezes não sejam utilizados
da melhor forma e
para os fins mais correctos.
Hoje, para o bem
e para o mal, não há distâncias.
Usem e usufruam bem
de todos os meios de comunicação ao vosso alcance!
Abraço.
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