terça-feira, 12 de março de 2013

Não podia acontecer

















Olá!
Ainda aqui estou.
Já tinha saudades destes momentos de partilha.
O motivo da paragem foi de ordem pessoal.
Precisei deste tempo para mim.
Precisei de me virar do avesso.
De me questionar, de encarar frontalmente assuntos que considero importantes.
Precisei de decidir.
Decidi bem e estou muito bem comigo.
Devo dizer até que tenho orgulho de ser quem e o que sou.
Da força que ponho no que faço, quando decido fazer.

Bom, mas vamos ao tema.
Fui até à Beira Interior, visitar um familiar doente no hospital da Covilhã.
Até aqui tudo normal.
A surpreendente foi o que resultou do diálogo com a pessoa em causa!
O relato que nos fez sobre a forma como os funcionários se relacionam com os doentes.
Foi uma surpresa desagradável e incómoda.
Pelo que me foi dado ouvir, algum daquele pessoal não tem a mínima preparação para estar com pessoas doentes e fragilizadas!
Terá, sim, necessidade de ganhar um dinheirito!
De profissionalismo, humanismo, afectos e entrega, não percebem mesmo nada, de certeza!
Desde responderem mal e com má cara aos doentes que lhes pedem ajuda, deixarem as arrastadeiras debaixo dos doentes até eles sentirem a pele colada, não os ajudarem na refeição, mesmo que o doente esteja sem autonomia (era o caso da minha familiar), gritarem a uma senhora asmática dependente de oxigénio e já senil… até atirarem-na de qualquer maneira quando a arranjam!...

Enfim, um relato impressionante.
Este testemunho foi corroborado por outros doentes da enfermaria!...

Pergunto eu:
- Não haverá profissionais e responsáveis de serviço, com preparação humana e cívica naquela enfermaria?
Há de certeza e recebem o ordenado no fim do mês!
Será que o merecem?
Sei de fonte segura, que estes procedimentos são o normal no dia-a-dia.
Sei também que envergonham alguns colegas que são profissionais a sério.

Agora uma coisa curiosa.
Depois de uma conversa civilizada com um desses funcionários sobre o assunto, a atitude mudou de repente e passou a ser de subserviência.
Péssimo, não é?
O que pensar disto tudo?
Será que estão em auto-gestão?

Fica a minha indignação.
O protesto já foi feito lá e talvez não fique por aqui.

Abraço.

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