segunda-feira, 8 de julho de 2013

Crescer na província






Decididamente sou uma provinciana de raiz.
Dou comigo a pensar como foi generoso comigo o destino.
Nasci e cresci na província, rodeada de tudo o que a natureza tinha para me dar.
Contactei, toquei e explorei tudo o que havia para explorar.
Depois, tive também o privilégio de fazer a minha socialização que, embora controlada, foi saudável e enriquecedora
A variedade de opções, os espaços, os afectos, enfim, um sem fim de regalias.
Para completar, tive a sorte de ter uns pais que sentiram a necessidade de me mostrar novos horizontes.

Aos seis anos levaram-me a fazer uma viagem que me mostrou pela primeira vez o tão misterioso mar.

A Nazaré e a Figueira da Foz foram as escolhidas.
Lembro-me do impacto que isso teve em mim.
Aquela quantidade imensa de água deixou-me encantada e surpreendida.
Devo dizer que não me meteu medo.
Simplesmente me impressionou.
Brinquei imenso na areia.
E, maravilha das maravilhas, encontrei lá aquilo que para mim foi um tesouro.
Montes de conchas lindas.
Pedrinhas de todos os tamanhos, cores e feitios.
Trouxe para casa um saco cheio que fez não só as minhas delícias, como as das minhas amigas.
Foram pretexto para criar, inventar e viver situações de fantasia que nos fizeram muito felizes.

Viver em liberdade e rodeada de amigas e de família, fez de mim a pessoa afectiva que sou hoje.
Essa faceta sempre foi uma mais-valia.


Abraço. 

Sem comentários:

Enviar um comentário