
É assim que o «meu mar» se encontra de há uns tempos a esta
parte.
Diria até que, para lá destes dois estados, se encontra
também um pouco solitário.
Porquê?
Porque este ano só por alguns dias teve companhia a sério.
Por incrível que pareça, até as gaivotas o abandonaram.
É mesmo verdade.
As inseparáveis companheiras do mar, não se vêem por aqui.
Um fenómeno que não é habitual.
Alguém vai ter que me explicar o porquê deste acontecimento.
Restam alguns aficcionados de praia mais afoitos.
Ah!
E, coisa única: golfinhos!
É isso mesmo.
Os golfinhos passeiam-se por aqui como nunca se viu.
Saracoteiam-se alegres e brincalhões como se não houvesse
crise!...
É muito bonita de se ver esta dança.
Muito próximos da beira-mar, dão saltos exímios e
descontraídos.
Até parece que desafiam quem, deliciado, os observa.
Só por isso, este mar deveria estar feliz.
Este acontecimento não é nem pouco mais ou menos habitual
nesta zona.
São momentos bem passados os que reservo a observar aqueles
seres cheios de graça.
E tão meigos!...
Apetece-me dar-lhes uma grande salva de palmas.
«Louca» - diriam alguns.
Outros, enternecidos como eu, aplaudiriam também, quem sabe?!
O mar, bonançoso como está, se calhar também está de
camarote a gozar o espectáculo!...
Por isso, tanto respeito
Que belo que é o mar.
Calmo ou, quando perde a compostura, sempre um belo e bom
gigante.
Abraço.
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