sábado, 6 de julho de 2013

Pelo menos em sonhos




Há várias interpretações para definir os sonhos.
Para mim, a mais simples é a que diz que são uma forma de aliviar a mente.
Penso assim, de uma forma amadora, que serão pequenos momentos de recreio para o cérebro.
É claro que isto não será bem assim.
Os cientistas iam rir-se de mim, se me lessem.
Mas é claro que não corro esse risco.

Bom, é que uma noite destas acordei feliz e com lágrimas.
Tive um sonho que considero de sonho!
Passeava num sítio onde o verde predominava.
A água corria em cascatas pelas ruas com casas caiadas de branco.
As ruas estavam meticulosamente limpas.
Sem poluição de nenhuma espécie.
O ar corria sereno mas fresco.
As pessoas eram alegres e educadas.
Relacionavam-se com delicadeza e falavam baixo.

Naquele país, que por segundos foi o meu, todos tinham emprego e apoios à saúde e educação.
Andava-se em veículos silenciosos, e passeava-se a pé.
As crianças estavam de férias.
Não se viam na rua sem rumo e desocupadas.
Eram acolhidas e apoiadas em centros de jovens, onde profissionais qualificados lhes proporcionavam a aquisição de conhecimentos e os ajudavam a desbravar caminhos, que nas suas cabecitas jovens ainda eram muito confusos.

Ninguém sabia o que eram faltas de apoio e solidariedade.
Os idosos eram estimados e considerados mestres de sabedoria.
Vivia-se em sociedade e com amizade.

O meu sonho deu-me, por alguns momentos, o privilégio de ver e sentir como era viver numa sociedade perfeita.

Pura ilusão.
Não há sociedades assim.

A lágrima de emoção com que acordei foi limpa.
Encarei o mundo possível e levantei-me para iniciar mais um dia neste, que não tem nada a ver com aquele outro mundo em que vivi por alguns momentos

É capaz de ser verdade.
Os sonhos às vezes são mesmo um pequeno recreio.
Uma terapia, quem sabe?


Um abraço.   

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