segunda-feira, 29 de setembro de 2014

A tralha






Esta palavra «tralha» utiliza-se quase sempre em sentido pejorativo.
«Temos que arrumar esta tralha, está para ai uma tralha»! Enfim!
É sempre com enfado e quase enjoados que a referimos.
Um destes dias, na televisão, um elemento de um grupo de comentadores, fez-me parar para ouvir. Essa tralha!...  
 Naquele caso, a tralha eram os governantes do nosso Pais e quem os rodeia.
Que falta de respeito, pensei.
Isto não é bom para quem ouve!
Há já demasiadas pessoas com má imagem dos e falta de respeito pelos políticos e pela política em geral. Isto só vem acicatar ainda mais o pensamento de quem já está tão distante e revoltado!
Tendo em conta o facto de que a pessoa que falava era um sociólogo, agravará ainda mais a situação.
«Essa tralha» era naquele caso demasiado desprestigiante!
Agora sou eu a pensar.
 Só pode ter sido uma conduta errada e pouco digna, o que deu origem a esta forma de ver a vida política! São na verdade tantos os casos de aproveitamento político, tantos os golpes baixos de gente que tinha obrigações de ser exemplar, que dificilmente se volta a acreditar!
Haverá contudo, que ter um certo pudor!
 A televisão é demasiado abrangente, tanto para o bem como para o mal!
Aguardam-se tempos melhores.


Abraço.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Tarãn…tantã… Tarantantã





















Nem sempre o discurso escrito nos sai como desejaríamos.
Nem sempre é fácil expressar o que desejamos para que nos compreendam.
Metemo-nos por vezes por caminhos que em vez de nos levarem à auto-estrada da escrita, nos levam a atalhos confusos, escorregadios e sinuosos.
Aí, fica lançada a confusão!
Para nós, que andamos às voltas e não encontramos a porta de saída e para quem lê, que dará certamente conta da aflição em que mergulhou o nosso cérebro coitado!
É bonito ler quando o discurso é fluído, sem contradições e sem um emaranhado de ideias com pontas soltas aqui e ali.
Tarãn…Tantã… mais tarãn… tantã…só para preencher espaço não, é mau de mais.

E vê-se tanto disto por aí...

Abraço.

domingo, 14 de setembro de 2014

Onde anda o sorriso do Papa?





Gostei deste Papa logo que o vi. Achei-o diferente, achei-o uma pessoa normal e acessível. Simples, despojado e muito humano.
Aquela figura tinha muito pouco a ver com aquilo a que estávamos habituados.
Aquele lugar sempre tão cheio de pompa e luxo, rigor e distância, não condizia com aquele Homem saído do povo e tão ligado a ele!
Fiquei até emocionada com os seus gestos, as suas atitudes e a sua determinação em ser diferente!
Onde andava este Homem tão normal, tão certo do que queria e desejava para a Igreja e para os Homens em geral?
Não liga com os conceitos e as leis da Igreja que nos passaram ao longo dos séculos!
Este Homem está a infringir códigos e princípios instituídos e intocáveis.
Sem medo e com um sorriso largo e um olhar doce e quente, abraça e dá amor a quem dele precisa!
Isso foi logo na altura.
E agora?
Constato, de há uns tempos a esta parte, que o seu sorriso se tem esvaído, a sua alegria se recolheu e o seu entusiasmo não é o mesmo!
Apesar de ser um Homem bom e determinado, é humano e, por isso mesmo, deve estar desiludido com os poderes instalados e com dificuldades para os vencer!
Gostaria de o ver outra vez com o seu sorriso tão genuíno e acolhedor.
Nem sempre quem está no caminho certo, consegue ganhar as batalhas!


Abraço.  

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Olhar é uma coisa, ver é outra






Penso que já aconteceu a todos, ir a um sítio e voltar sem o ver verdadeiramente!
Fica-se com uma ideia superficial do local, mas não o conhecemos, não o sentimos, nem sequer nos diz grande coisa!
 Pois é, isso acontece quando vamos em trabalho, ou então com um outro objectivo definido.
Pode até acontecer virmos com uma ideia errada, porque determinado acontecimento nos marcou pela negativa e nos transmitiu uma imagem menos boa desse local!
Aconteceu comigo um destes dias!
Depois de ter feito uma viagem no Inter-Cidades que me pareceu rápida, depois de ter sido acolhida com afecto e presenteada com um almoço saboroso em muito boa companhia, fui convidada a dar um passeio didáctico pela cidade dos estudantes!
Devo dizer que vi e registei para sempre o que nunca até então tinha visto.
Desde museus a espaços verdes, a edifícios públicos de relevo, à subida e descida de ruas e escadas íngremes e com muita história embutida, até ao bailarico que uma qualquer Tuna promoveu em plena rua, tudo foi absorvido com avidez, interesse e entusiasmo.
Foi um privilégio ter por minha conta uma pessoa generosa, que faz gosto em transmitir os seus conhecimentos que são muito acima da média.
Que bem me souberam aquelas horas de cultura e conhecimento, administrados assim com tanta mestria!
Que bom que foi olhar e ver.  
Bem-hajas, Lidinha, pelo cérebro que tens e usas tão bem!
É um privilégio ter-te como família.  

Abraço.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

O sofá e a inércia


























Tive a sorte de acordar cedo para a necessidade de praticar exercício.
Pratico exercício físico há já muitos anos e seria difícil ter que me privar dele, tal é a certeza de que me faz bem.
Foi a forma que arranjei de me manter mais saudável e de prolongar a minha mobilidade.
Sei que este tema é para muita gente de somenos importância: acham até que é coisa apenas para quem tem pouco que fazer e que tem a mania das elegâncias!
Pois para mim não é nada assim.
Para mim, exercício é também saúde e bem-estar.
Hoje achei que deveria mais uma vez dar a conhecer como me sinto bem com esta decisão que tomei há já alguns anos!
Sei que é preciso haver disponibilidade, coragem e determinação para não desistir à mais pequena contrariedade. Mas também sei como é bom o que se retira dessa força e persistência!
Os sofás e similares são bons para pequenos momentos e não para alapar um corpo que, sem se dar conta, vai acumulando tubos de gordura que só servem para o entorpecer até que o imobiliza.
 Estou aqui a dar este testemunho, porque gostaria de convencer alguém a trocar essa forma de vida, pelo exercício seja lá ele o que e onde for.
 Desde que acompanhado por profissionais à altura, tudo será bem -vindo!
O físico e o psíquico precisam de movimento para não bloquear.
A saúde e o bem-estar agradecem!


Abraço.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Setembro desfolhou-se…




É isso.
O arremedo de Verão mesclado de Primavera está esvair-se.
O mês de Setembro apresentou-se sorridente e a esbanjar sol e calor, para bem dos que só agora puderam acostar à praia e escutar o marulhar do mar.
Aquele marulhar que acalma, que nos transporta para longe da vida que desgasta devagar os neurónios, às vezes já de si fragilizados.
Tem este efeito o mar.
Tão depressa se agiganta e devora, como se transforma em silêncio e paz.
Marulha e adormece o cansaço dos corpos e das mentes.
Este Verão deixou meio confusas as pessoas e a Natureza que, também ela se encolheu e demorou mais o seu desenvolvimento!
Setembro começa e as folhas, já meio amarelecidas, desprendem-se e vão caindo a nossos pés.
Esvoaçantes, rodopiam devagar, dolentes, como que a não querer abandonar o caule que lhes deu vida e as amparou!
Quer queiramos quer não, há que dar lugar à próxima estação que não tarda!
Por mim pode entrar.
Sou fã do Outono e das suas cores terra, que dão ao ambiente um tom quente e doce.
Gosto do sussurrar do vento e do ping…ping… da chuva.
Gosto do aconchego e do assobio sibilino do vento!
 Tudo é uma questão de gosto!

Abraço.