Hoje, e a
propósito de um pequeno diálogo virtual, apeteceu-me falar do tempo.
Não do tempo
que corre veloz e nos leva atrelado a
ele!
Mas sim aquele
que nos mostra as rugas que devagar se vão instalando.
Que nos vira
contra os espelhos como se fossem um inimigo público.
Que nos
humilha e nos põe perante nós próprios.
Esse é severo,
não perdoa!...
Só há que o
aceitar e, dignamente, de cabeça levantada, continuar o caminho.
Quanto ao
outro, aquele a que me vou referir hoje... sim a esse, ao que goza connosco,
que nos faz caretas e negaças, que nos altera os planos e os humores e que nos
perturba a vida... esse mexe mesmo com muita gente!
Há quem não
lide nada bem com ele e com as suas mudanças.
As caras feias
que faz e o mostra-esconde provocam
neuras e tristezas inventadas e sofridas.
De tal maneira
que, nesses momentos, sentimo-nos em baixo e a achar que toda a infelicidade do
mundo nos caiu em cima!
Engraçado! O
estado do tempo a dominar as nossas
frágeis e influenciáveis mentes!
Ficamos nas
mãos de sua excelência!
Impressionante!
Os agentes do
tempo também a zurzir no pessoal!
Como se não
estivéssemos já suficientemente zurzidos por este governozinho sádico e
traiçoeiro!...
Um gozo
indecente!
Pensando bem,
quem sai a perder somos nós.
Quem tem o
domínio do tempo está calado.
E, quem sabe,
talvez dizendo:
«Perdoai-lhes
Pai, que eles não sabem o que fazem»!
Um bom fim-de-semana e não deêm confiança ao
tempo.
Abraço.