sexta-feira, 24 de abril de 2015

O TEMPO

























Hoje, e a propósito de um pequeno diálogo virtual, apeteceu-me falar do tempo.
Não do tempo que corre veloz e nos leva  atrelado a ele!
Mas sim aquele que nos mostra as rugas que devagar se vão instalando.
Que nos vira contra os espelhos como se fossem um inimigo público.
Que nos humilha e nos põe perante nós próprios.
Esse é severo, não perdoa!...
Só há que o aceitar e, dignamente, de cabeça levantada, continuar o caminho.

Quanto ao outro, aquele a que me vou referir hoje... sim a esse, ao que goza connosco, que nos faz caretas e negaças, que nos altera os planos e os humores e que nos perturba a vida... esse mexe mesmo com muita gente!
Há quem não lide nada bem com ele e com as suas mudanças.
As caras feias que faz e o mostra-esconde  provocam neuras e tristezas inventadas e sofridas.
De tal maneira que, nesses momentos, sentimo-nos em baixo e a achar que toda a infelicidade do mundo nos caiu em cima!

Engraçado! O estado do tempo a dominar as nossas  frágeis e influenciáveis mentes!
Ficamos nas mãos de sua excelência!

Impressionante!
Os agentes do tempo também a zurzir no pessoal!
Como se não estivéssemos já suficientemente zurzidos por este governozinho sádico e traiçoeiro!...
Um gozo indecente!
Pensando bem, quem sai a perder somos nós.
Quem tem o domínio do tempo está calado.
E, quem sabe, talvez dizendo:
«Perdoai-lhes Pai, que eles não sabem o que fazem»!

 Um bom fim-de-semana e não deêm confiança ao tempo.


Abraço.

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