segunda-feira, 29 de junho de 2015

As tradições e as pessoas



















Penso que todos nós sabemos que as tradições fazem parte da nossa cultura popular.
Sou de opinião que se devem preservar para que não se perca a nossa matriz.
Penso ainda que com a evolução dos tempos as mentalidades também evoluíram e, por isso mesmo, houve que fazer alguns ajustes nessas tradições.
Por exemplo, estou-me a lembrar de uma tradição bárbara dos romanos, que punham cruzes ao longo dos caminhos e iam pendurando os ladrões!... Hoje, isso seria impensável. Teve que se pensar noutra alternativa menos violenta e mais educativa!
Isto para falar de um assunto que tem sido tema e que chocou muita gente! A mim, que sou uma amante de animais, feriu-me na minha parte mais sensível.
Nem sequer consegui olhar a televisão quando passaram as imagens de um ser vivo, neste caso um pobre gato, a ser queimado vivo numa qualquer festa de província!
Desliguei o televisor e saí enjoada e revoltada com tamanha crueldade!
Andei até hoje para conseguir pegar no assunto e falar dele.
E pergunto-me.
O que leva um ser humano a praticar um acto de tanta insensibilidade?
Esta tradição é uma daquelas que, penso eu, deveria ser reajustada!
Por exemplo, utilizarem um gato artificial, feito de um qualquer material de desgaste!
Todos nós temos obrigação de nos cultivar e angariar conhecimento, senão, seremos apenas a continuação dos trogloditas que nos precederam, mas agora engravatados!  
Quero, de todo, esquecer que isto aconteceu!...

Abraço.


sexta-feira, 26 de junho de 2015

Ó GENTE DA MINHA TERRA


 












Hoje, dirijo-me aos amigos, conhecidos e outros que não conheço, mas que gostaria de conhecer, descendentes da minha aldeia!
Penso que todos ou quase todos, conhecerão o facebook dos Descendentes do Concelho do Sabugal, certo?
Vejo de vez em quando e com muito gosto, alguns de vocês por aqui!
Tenho pena que não intervenham, não comentem e não se mostrem!...
Não sei se têm conhecimento que este face foi «herdado»! Sim, numa altura muito complicada da vida da amiga que o fundou, NATÁLIA BISPO, do Sabugal, que infelizmente partiu muito cedo da companhia de todos nós.
Pouco tempo antes de partir, pediu com mágoa a alguns amigos que não deixassem morrer este «face».
Só por isso o adoptámos e estamos aqui a dar-lhe a continuidade possível, com o máximo de qualidade que podemos.
Muita gente de todas as terras do concelho participa e comunica através dele.
É um «face» com características um pouco diferentes de muitos dos «faces» que conheço. Procura-se dar sempre que possível alguma coisa para alimentar o espírito e dar sobretudo a conhecer a todos bem melhor o nosso concelho!...
Isto para dizer que é com pena que não vejo o Casteleiro a participar, nem a interessar-se pelo que por aqui se vai fazendo!
Penso eu que seria bom para todos aproveitarmos este meio para nos aproximarmos, revivermos tempos inesquecíveis para todos e conhecermos melhor as nossas origens. E promover a nossa terra e as suas iniciativas.
Gostaria que pensassem nisto e metessem mãos à obra!...
Serão, de certeza, muito bem recebidos


Abraço a todos.

domingo, 21 de junho de 2015

AMOR













«Amor é fogo que arde sem se ver»...
Foi  Camões quem o disse.
Claro que isto fo há muiiiitos anos, quando ainda havia amor!

Hoje, agora, o amor é um sentimento em vias de extinção.
Aliás, como tudo o que seja sensibilidade, fraternidade, solidariedade, DIGNIDADE!...   
O mundo hoje, está transformado num caótico pântano de gelo, onde existem duas espécies de seres.
Os poderosos e os outros!
É um palco gigante, onde cada um mostra ao outro o que pode e até onde pode.
É nesta confusão de interesses, que se tecem as mais despudoradas negociatas.
É nessas relações de devassa,que se projectam rumos e se seguem trilhos obscuros.
É aí que se exibe uma confusão de relações de interesses, onde cada um faz o que pode.
Estamos perante um arrepiante salão de exposições de TER e HAVER!
Hoje, o Homem não vale pelo que é, mas pelo que tem.
Pelo que mostra nessas exposições onde os números são quem manda!
Aliás, os números tomaram a dianteira.
São eles quem comanda e são eles quem nos comandam.
O que é que nós somos, senão um número?
Neste mundo transformado em plataforma gelada, não há lugar para o amor!...
Camões, se viesse cá hoje acho que fugiria a tremer, do icebergue que encontraria!
Amor como aquele, esgotou! Afundou no mundo dos interesses, no mundo da corrupção.
Não é o nosso Portugal, aquele que todos acham lindo, o quinto país mais corrupto do mundo?
Porque será?   


Abraço.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

QUANDO OS HÁBITOS SE COLAM














Sabem quando estamos muito ligados a a alguma coisa ou a alguém?
Quando somos obrigados a deixar essa coisa ou esse alguém?
Ficamos meio perdidos e com um lugar vago no coração apertado!
Todos os nossos sentidos se agitam e desejam retomar  o que deixaram.

Faltam coisas em nós!
Faltam as RUAS que até então percorremos.
Faltam PESSOAS com o seu jeito de dizer e de estar.
Faltam os SÍTIOS que nos acolheram em momentos bons e menos bons.
As PAISAGENS que durante anos espreitámos ao levantar.
A QUIETUDE ou o SUSSURRAR das árvores tocadas pela ventania!
Os CHEIROS que ficaram colados à pele mas que cheiramos lá longe.
Os SONS, que continuam inscritos na nossa memória auditiva e que se ouvem, ouvem, ouvem!!!

Vamos lá saber porquê, há pelo menos três deles, desses  sons, que «oiço» com frequência!!!...
O som do sino da minha aldeia.
O som da água das torneiras do «meu» chafariz a correr ininterruptamente.
O som ronceiro dos rodados dos carros de vacas pela madrugada, a saírem para os campos.
Depois, o «som» do SILÊNCIO!
Em dias de calmaria e em noites de inverno!
Talvez por isso, o silêncio às vazes me seja tão caro!

Em tempos de tantos ruídos a esmo, e muitas vezes sem sentido, o silêncio para mim, ainda é de ouro!


Abraço.