quarta-feira, 10 de junho de 2015

QUANDO OS HÁBITOS SE COLAM














Sabem quando estamos muito ligados a a alguma coisa ou a alguém?
Quando somos obrigados a deixar essa coisa ou esse alguém?
Ficamos meio perdidos e com um lugar vago no coração apertado!
Todos os nossos sentidos se agitam e desejam retomar  o que deixaram.

Faltam coisas em nós!
Faltam as RUAS que até então percorremos.
Faltam PESSOAS com o seu jeito de dizer e de estar.
Faltam os SÍTIOS que nos acolheram em momentos bons e menos bons.
As PAISAGENS que durante anos espreitámos ao levantar.
A QUIETUDE ou o SUSSURRAR das árvores tocadas pela ventania!
Os CHEIROS que ficaram colados à pele mas que cheiramos lá longe.
Os SONS, que continuam inscritos na nossa memória auditiva e que se ouvem, ouvem, ouvem!!!

Vamos lá saber porquê, há pelo menos três deles, desses  sons, que «oiço» com frequência!!!...
O som do sino da minha aldeia.
O som da água das torneiras do «meu» chafariz a correr ininterruptamente.
O som ronceiro dos rodados dos carros de vacas pela madrugada, a saírem para os campos.
Depois, o «som» do SILÊNCIO!
Em dias de calmaria e em noites de inverno!
Talvez por isso, o silêncio às vazes me seja tão caro!

Em tempos de tantos ruídos a esmo, e muitas vezes sem sentido, o silêncio para mim, ainda é de ouro!


Abraço.     

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