terça-feira, 17 de março de 2015

Para recordar


















Quando me debruço sobre o computador ou quando pego no telemóvel, muitas vezes me lembro de como hoje é tão fácil comunicar!
Para os mais jovens, aqueles que nasceram depois de 1975, devo dizer que nem sempre foi assim!
Os dessa geração nem imaginam como há quarenta, cinquenta e mais anos, era dificil contactar com alguém!
Apenas havia nas aldeias (talvez nem em todas) um telefone público que deveria funcionar das oito às vinte e quatro horas e um posto de correio onde as notícias chegavam uma vez ao dia!
Só para terem  uma ideia, muitas vezes uma carta, ou uma encomenda, demorava(m) dias a chegar de um lado ao outro!
Isto, dentro do país.
Porque, se se tratasse do estrangeiro ou das antigas colónias, poderiam demorar oito ou mais dias.
Quando alguém adoecia ou por qualquer outro motivo precisasse de um médico, passavam horas até se conseguir o contacto com quem viesse em socorro.
A palavra urgência, nessa altura, não tinha qualquer peso.
Tempo! Era preciso dar tempo!
Muitas mortes aconteceram por falta de socorro atempado!
Na minha aldeia, havia um homem bom (por acaso meu tio por afinidade), que, apesar de não ser médico nem enfermeiro, tinha uma grande queda para a medicina.
Era o meu saudoso tio Narciso Nobre!
Era uma espécie de João Semana. Sempre acompanhado pelo prontuário médico, era ele quem chegava primeiro.
Fosse dia ou fosse noite ia, prestava os primeiros socorros e medicava.
Era contactado por toda a aldeia e pelas aldeias vizinhas, por exemplo, a Moita.
Hoje, os meios de comunicação são uma mais-valia – só é pena  é que muitas vezes não sejam utilizados
da melhor forma e para os fins mais correctos.
Hoje, para o bem e para o mal, não há distâncias.
Usem e usufruam bem de todos os meios de comunicação ao vosso alcance!


Abraço. 

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