sábado, 2 de agosto de 2014

Ao raiar do dia

 



Logo bem cedo quando a manhã espreita e o silêncio se desfaz, eis que o dia se instala devagar.
O «mundo» prepara-se para mais uma jornada.
Os movimentos acontecem devagar e o corpo ainda quente reage preguiçoso e dolente.
Como é diferente a vida lá fora!
Pessoas ainda meio sonâmbulas encaminham-se cada uma para o seu destino.
O mau humor estampado no rosto e a cara caída dão mostra do pouco entusiasmo que os acompanha.
É a insatisfação e o desagrado com a vida.
 Os problemas não se foram com o sono, continuam lá. O sono só os camuflou!
É preciso não pensar nisso agora, o tempo dirá e as obrigações esperam.

As dificuldades não parecerão tão pesadas se pensarmos um pouco na Faixa de Gaza.
Aquilo, sim, são problemas!
Lá, não há tempo par ver acordar o dia.
Lá, o sol está escondido pelo fumo dos morteiros que não cessam de matar inocentes.
 Lá, os problemas têm outra dimensão.
Lá, o corpo não tem tempo de acordar, porque não pode dormir.
Pensar um pouco nisto ajuda a relativizar.

Abraço.

  

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