Gosto de saborear uma boa narrativa.
Uma narrativa com conteúdo, narrada com mão de mestre.
Gosto de ler um José Saramago, um Gabriel Garcia Marquez, um
Mia Couto, enfim - felizmente são muitos os bons e não dá para citar todos.
Quando leio, gosto que o autor me faça saborear as palavras que
debitou e envolveu num invólucro de ideias claras e sentidas.
Gosto de me dar conta de como a sua sabedoria e imaginação
me arrastam a mim também para estória, para o ambiente e paisagens que essa
mesma estória contém.
Gosto de me sentir a descolar da realidade e de entrar eu
também naquele mundo de fantasia e /ou de ficção.
É pena que nos dias que correm, a boa leitura esteja tão
arredada das pessoas.
Que, tanto em casa como na Escola, pouco ou nada se incentivem
as crianças a gostar de livros.
Que em vez da dependência dos aparelhos audio-visuais, não lhes
incutam a dependência pelo livro!
Não haver a necessidade de lhes fazer sentir que ler é
aprender.
Aprender a falar correctamente, a organizar minimamente um
texto e a escrever sem erros.
Talvez o país não passasse pela vergonha de ter alguns docentes
e licenciados a não conseguirem organizar uma ideia e pô-la num papel, com
clareza e objectividade.
De se deparar com textos sem nexo, de pernas para o ar, com
erros e vazios de organização.
Num país do século vinte e um, nada disto deveria acontecer.
Abraço.
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