sábado, 6 de dezembro de 2014

Dezembro e o Natal

 



Chegou o mês mais desejado do ano!
O mês da família, das filhós e dos excessos!...
O mês do êxodo das grandes cidades para as origens.
Programam-se as viagens, entopem-se os carros com pessoas e bagagens, e contam-se os dias!
Resmas de caixas e caixinhas levam dentro o que pretende ser, e em alguns casos será, um gesto de amizade e ou de ternura!
Noutros casos serão apenas gestos de faz de conta, que de amizade e afecto terão pouco!
Está assim, quanto a mim, adulterado o Natal!
Não aprecio muito esta época que se mascarou de consumista!!
Consumismo exagerado, ligações humanas e de solidariedade nulas.
Gostava mais quando o Natal tinha magia, e a tradição ainda se praticava nas aldeias e nas famílias!
Aquele que eu e os da minha geração vivemos tão intensamente!
O genuíno, o intimista, o do abra;o quente e das filhós feitas à lareira, com cânticos a acompanhar.
Aquele, sim, era o verdadeiro Natal. Sem pretensões, sem novo  riquismo, simples e quente por dentro.
O gelo ficava lá fora.
Nos corações acontecia Natal!
Esse Natal ainda hoje me acompanha e recordo com alguma nostalgia!
Não havia gestos frios, prendas para cumprir o protocolo, nem beijinhos de circunstância, sem tocar sequer a face.
Esta nova forma de Natal plastificado, deu lugar ao afastamento entre as pessoas e à frieza das relações.
A nossa cultura não passa por Ele!

Abraço.



Sem comentários:

Enviar um comentário