Palavras leva-as o vento!...
Não, não era isso
que eu queria dizer.
O vento leva é
algumas penas, as que são leves!...
As palavras
ditas, essas, caem muitas vezes é em saco roto!
Esta lenga-lenga
toda para quê?...
Estava aqui a
lembrar-me que, enquanto jovem, assisti muitas vezes à saída de pessoas da
minha aldeia, à procura de melhores dias!
Ficavam por lá
algum tempo na cidade grande e algumas, quando voltavam, vinham cheias de «mania»!
Dizia quem as
ouvia que eram umas peneirentas e que... « vê lá! Até já vem a falar «cioso»!...
Já nem conhece ninguém e nem sabe o nome dos garranchos, a que andou agarrada
tanto tempo!»
E nem as pessoas as entendiam. Dizia-se que falavam caro, com palavras de sete e quinhentos...
E nem as pessoas as entendiam. Dizia-se que falavam caro, com palavras de sete e quinhentos...
Uma vez,
lembro-me que uma «ciosa» tipo tátá de lata, se dirigiu a um homem já casado,
mas de estatura muito pequena que estava sentado no meio de um grupo e
perguntou agarrando lhe o queixo.«Quem é este miúdo»!
Perante a
estupefacção dos presentes que a elucidaram embaraçados, disse muito afectada «Ai! E eu a chamar miúdo
a um homem casado»!
Ficou tudo mais ou
menos siderado e ficou também uma estória para contar e um rótulo na criatura!
Também havia
aqueles/ aquelas, que esqueceram o passado e as dificuldades. Ficaram a meio
caminho do plástico de baixa qualidade!
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