sábado, 27 de dezembro de 2014

Estórias









Palavras leva-as o vento!...
Não, não era isso que eu queria dizer.
O vento leva é algumas penas, as que são leves!...
As palavras ditas, essas, caem muitas vezes é em saco roto!

Esta lenga-lenga toda para quê?...
Estava aqui a lembrar-me que, enquanto jovem, assisti muitas vezes à saída de pessoas da minha aldeia, à procura de melhores dias!
Ficavam por lá algum tempo na cidade grande e algumas, quando voltavam, vinham cheias de «mania»!
Dizia quem as ouvia que eram umas peneirentas e que... « vê lá! Até já vem a falar «cioso»!... Já nem conhece ninguém e nem sabe o nome dos garranchos, a que andou agarrada tanto tempo!»
E nem as pessoas as entendiam. Dizia-se que falavam caro, com palavras de sete e quinhentos...  
Uma vez, lembro-me que uma «ciosa» tipo tátá de lata, se dirigiu a um homem já casado, mas de estatura muito pequena que estava sentado no meio de um grupo e perguntou agarrando lhe o queixo.«Quem é este miúdo»!
Perante a estupefacção dos presentes que a elucidaram embaraçados,  disse muito afectada «Ai! E eu a chamar miúdo a um homem casado»!
Ficou tudo mais ou menos siderado e ficou também uma estória para contar e um rótulo na criatura!
Também havia aqueles/ aquelas, que esqueceram o passado e as dificuldades. Ficaram a meio caminho do plástico de baixa qualidade!

Abraço.

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