segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Eco sem som



Um eco enorme surdo e mudo, tomou conta dos gnomos que, tranquilos, viviam a sua vida  naquela pequena clareira do grande bosque!
Um eco que, embora sem som, foi profundo e ensurdecedor.
Quebrou o ritmo e a rotina daquele sítio mágico que era habitado por aqueles seres pequenos, calmos e indefesos.
Pareceu vir das profundezas, das catacumbas, desativadas há longos, longos anos!
Pareceu que o tempo recuou e mostrou a falta de educação do homem daquele tempo!
Grosseiro, intimidatório e autoritário!
A voz, aos urros ameaçava.
Apontava o dedo e dizia:
-Eu! Eu! Eu!...
Vocês? Sem préstimo, causadores de todas as desgraças!
Nós!...Nós!...!Nós!...
Nós é que somos bons, o mundo seria bem melhor só connosco!
Lá longe, bem ao longe, ouviam- se aplausos e berraria de apoio!
Os seres pequenos ficaram incrédulos e sem compreender aquela mensagem tão tonitroante!
Decidiram remeter-se ao silêncio!
Deixaram passar a cólera daquele ser primitivo e só depois de reflectirem continuaram a sua vida calma e à margem das atitudes pouco dignas daquela voz primitiva!

Foi uma espécie de conto!...
Abraço.

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