Não são bem meus vizinhos, mas separam-nos apenas uns
escassos
trinta-quarenta quilómetros.
Passam por cima da minha casa com frequência.
Vejo-os a treinar na zona do Meco.
Fico sempre de olho arregalado a seguir as manobras que
fazem.
Não sabia é quem eram, de onde eram.
O que faziam.
Hoje foi desvendado o mistério.
São a Brigada de Salvamento da Força Aérea, sedeada no
Montijo.
Se bem percebi, Brigada Setecentos e Vinte e Cinco.
Soube hoje, porque vi, que têm uma missão muito nobre.
Correm a salvar vidas, onde quer que os chamam.
Foram eles, por exemplo, quem salvou os pescadores que
andaram dias à deriva no mar, dentro de uma balsa.
Depois de quase perdidas as esperanças, apareceram eles.
São eles que vão sem hesitar à Madeira ou a qualquer outro
sítio, transportar feridos graves, grávidas e, quantas vezes, ajudar os bebés a
nascer.
São eles que correm riscos e com orgulho arriscam até a
vida.
São eles que, apesar de não se
quererem envolver nas situações que vivem, se emocionam até às lágrimas quando
têm na sua frente um bebé prematuro acabado de nascer.
Salvo por eles e a acabar de
crescer na estufa da maternidade.
Isso, fizeram questão de ver no
local.
É reconfortante ver nos olhos daqueles militares ternura,
emoção e orgulho por servirem quem precisa.
Haja alguém que faça ainda uso dos afectos.
Obrigada, Brigada de Salvamento Setecentos e Vinte e Cinco.
Fico à espera de vos ouvir e ver passar.
Vou seguir-vos com o olhar e desejar que o vosso treino seja proveitoso.
Abraço.
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