quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Pedaços de mim




Às vezes dou comigo a pensar o quanto eu já percorri.
Por quantos sítios já andei e o que já fiz.
Ao olhar de longe o meu trajecto, imagino quantos pedacinhos de mim andam por aí espalhados!
Pedacinhos cheios de vida.
Cheios de entusiasmos, de alegrias, de vontade de fazer o que fiz e da melhor maneira que soube e me deixaram.

Há de certeza, junto desses bocadinhos, momentos menos bons.
De tristeza, de desilusão e de impotência também.
Outros, e são tantos, cheios de ternura, muita, e de muito amor!
Amor pelas pessoas que se têm cruzado comigo e que merecem.
Amor por tantas crianças que ajudei a crescer.
Amor pelo trabalho que sempre me entusiasmou.
Amor pela família com quem me criei e me transmitiu os genes que fizeram de mim a pessoa que sou.
Com os princípios e a educação de que sempre me tenho orgulhado.
Da ligação forte a tudo o que – e todos aqueles a quem – me ligo.
Da forma como encaro o que me desagrada.
Com a dignidade que me é possível.
Com indignação e muitas vezes revolta, mas sem cair no que considero vulgar.
Foi isso que colhi na origem e é isso que me norteia.

Pedaços de mim.

Alguns com uma marca de alegria e felicidade.
Outros mais ou menos em ferida e que doeram muito.
Esses, eu quero esquecer.


Abraço.


E oiça O Chico Buarque 
(acompanhado), 
clicando na foto:



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