domingo, 29 de setembro de 2013

Uma pitada de Outono




Esta viragem do Verão para o Outono é para muita gente deprimente.
São as férias que terminam, são os dias que encurtam, são as noites que se alongam, é o tempo que muda, enfim são mudanças às vezes um pouco abruptas que deixam desconfortáveis muitos cidadãos.

Eu não faço parte desse grupo.
Recebo o Outono com agrado.
Para mim é o início de uma época de maior privacidade, de maior reflexão e intimismo.
Adoro o silêncio, gosto da surdina da noite.
Adoro entrar dentro de mim, despir-me, vasculhar o que tenho guardado e enfrentar-me.
Gosto de reflectir sobre os acontecimentos vividos e tirar deles lições para o futuro.

Às vezes deparo-me com acontecimentos que considero pouco próprios.
Tanto a nível de país, como da vida corrente.
Interrogo-me:
– Porquê?
Encontra-se de tudo neste caminhar pela vida.
Gente boa, e gentinha.
Sim, mal-formada e que é capaz de qualquer atitude para satisfazer os seus ímpetos selvagens e cavernosos.
Gente incapaz de reflectir e de se questionar.
Daqueles que pensam que nunca erram.
Que não precisam de rever os seus actos.
Que são os melhores!...
Que não se questiona nunca!
Para quê o silêncio e a reflexão?
A fuga à realidade é bem mais fácil.

As estações mais agrestes levam-me para um mundo aconchegante e intimista de que gosto muito.

Bem-vindo, Outono.
Traz as tuas chuvas, o teu vento.
Traz as tuas folhas da cor da terra, de que tanto gosto.
A tua magia nostálgica de fazer dançar tudo o que mexe, num bailado de cor.
Que nos leva em pensamento a um desfilar de emoções doces e serenas.

Bem-vinda sejas, estação das cores!...


Abraço.

Sem comentários:

Enviar um comentário