segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Estados de alma



De repente, e sem que nada o fizesse prever, eis que a nossa vida se transforma.
Tudo aquilo de que gostamos e que por rotina fazemos no nosso dia-a-dia se altera.
Um agente exterior intrometido, inoportuno e chato, infiltra-se e toma conta da nossa pacífica e mais ou menos rotineira existência.
O necessário fica por fazer, o que nos dá prazer deixa de dar, e avida fica uma coisa sensaborona não sabendo mais a vida.
Parou tudo.
O vírus, o «bicho» peçonhento, toma conta.
Mete-nos na cama, põe-nos meio anestesiados, e o «bicho», feliz, salta à nossa volta.
Regalado, vê-nos sorumbáticos, febris, sem vontade – e goza, o desgraçado.
Por uns dias, é uma festa para ele.
Ele é quem manda, nós somos apenas os depósitos dos seus «vermes» minúsculos, mas potentes.
É assim que tenho estado.
Possuída por esses seres invisíveis.
Há seis dias que não piso o chão da rua, que não respiro o ar de que tanto gosto. Há seis dias que o sol não me presenteia com a alegria da sua luz.
 Peçonhento, repelente e sádico vírus.
«Vá de retro», que eu já tenho a minha dose.
   

Abraço.

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