Cheira a frio lá fora.
O vento vindo não se sabe de onde assobia ameaçador.
A natureza verga-se perante a crueza da temperatura.
Os pássaros, ainda há pouco com tantos piu-pius…, recolheram-se
e fizeram silêncio.
Os gatos fazem rom-rom… enquanto se enroscam e se entregam
aos prazeres e ao conforto do calor.
Até os cães emudeceram.
Procuram o soalheiro, talvez armazenem calor para o rigor da
noite.
E que rigorosa deve ser!
A natureza ameaça ser implacável.
Um pouco mais distante, ouve-se o mar.
O mais forte, o que domina.
O que não tem frio.
O que é indiferente aos gelos e aos ventos.
Ele aguenta, o gigante.
Sempre que precisa, procura as rochas e abraça-as.
Abraça-as com os seus braços grandes de todo poderoso.
Também ele tem os seus momentos de ternura.
E os sem-abrigo?
Para esses os braços do Mundo são curtos!...
O frio!
O que faz falta para queimar os micróbios, mas…alguns
escapam!...
Abraço.
Sem comentários:
Enviar um comentário