Não sei quantas vezes eu já passei por aquela porta!
Às vezes em trabalho, outras para ver espectáculos que me
interessam.
Uma das actividades
que me levaram lá com alguma frequência foram os espectáculos de circo pelo
Natal.
As crianças com quem então trabalhava assim o exigiam.
Depois de tudo programado atempadamente, em fila indiana e
grande excitação, tinha a difícil tarefa de levar e trazer de volta sãs e
salvas, as crianças daquele grupo que me era confiado.
Era com prazer que desempenhava aquela tarefa.
Só para ver os rostos daquelas crianças inundado de alegria
e os seus gestos de entusiasmo e espanto, valia a pena não falhar o
espectáculo.
Eram momentos esfuziantes
e compensadores.
A hora dos palhaços era a mais esperada.
Este fim-de-semana «fui várias vezes ao Coliseu» sem querer.
Nas horas em que liguei a TV, normalmente para ver as
notícias, lá estava o Coliseu.
Abarrotava de gente que berrava, gesticulava, e até faziam
gracinhas!
Mas… olha! Estes não têm o chapéu de palhaços, nem nariz
abatatado!...
Só fazem piruetas umas atrás das outras, como que para ver
quem faz a melhor!
Estavam todos, desde o palhaço pobre, até ao palhaço rico.
Alguns deles, até fazem comentário político. Mas… ali, não contestaram
nem criticaram.
Apenas se limitaram a ser todos muito amigos!... Tão
queridos.
Barões, baronesas, todos em cavaqueira amiga!
Que saudades dos palhaços a sério e de programas que eduquem,
que instruam e abram horizontes a quem não os tem!...
Raio desta palhaçada.
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