Felizmente, de há um tempo para cá, ouve-se e lê-se alguma preocupação com a falta de sensibilidade, afectos e solidariedade entre as pessoas.
O estilo de vida criado é talvez o responsável por isso.
Talvez por causa dele se tenham aberto as portas ao
isolamento, às relações descartáveis desapegadas e frias, que reinam por aí.
Talvez essa vida cheia e em corrida seja a responsável pela
falta de tempo para a amizade, para a partilha e para o contacto, que quanto a
mim é tão necessário?
Esta vida vivida em «stress», que passa quase sem darmos
conta, é que faz a diferença.
A falta de tempo para o contacto com os outros separa-nos e
convence-nos de que nos bastamos a nós próprios.
Para minorar essa lacuna, temos agora os meios virtuais que,
se bem utilizados, ainda vão mantendo alguma ligação.
Mas e o toque?
E os olhos?
E as vivências em
directo, as sensações que ficam diluídas na distância?
Não é por acaso que, em algumas redes sociais, se recordam
com saudade os tempos em que o convívio são e desinteressado acontecia entre os
pares!
E estou certa de que não é saudosismo.
É, sim, a falta que faz uma vida vivida com mais amizade,
mais ternura e solidariedade.
Abraço.
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