Quando se fala em castração, sugere-nos sempre a ablação de
qualquer coisa.
Em pessoas ou animais.
Normalmente e a nível físico, acontece com animais.
Sem qualquer pudor.
Principalmente os de estimação.
É preciso mantê-los quietos e submissos em casa.
É preciso que não incomodem.
Transformá-los em objectos que servirão como bonecos, para
nosso prazer.
O egoísmo a prevalecer sempre.
É preciso que ninguém nos incomode.
Nem que para isso tenhamos que anular seja o que, e quem
for.
Bom, mas quanto a mim, castrar não é só retirar órgãos.
Também se castram pessoas.
As suas ideias.
Capacidades.
Amores.
Afectos, etc…
Diria eu que a maior parte das pessoas passa pela vida a
sentir-se castrada.
Uma castração silenciosa.
Sofrida.
Esta pequena reflexão, levou-me a uma canção de que ainda
hoje gosto muito.
É de Francisco Fanhais e diz assim (pode ouvir e ler aqui):
«Cortaram as asas ao rouxinol!
Rouxinol sem asas não pode voar.»…
Pelos vistos está actual.
Abraço.
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