quinta-feira, 19 de julho de 2012

Castração


















Quando se fala em castração, sugere-nos sempre a ablação de qualquer coisa.
Em pessoas ou animais.

Normalmente e a nível físico, acontece com animais.
Sem qualquer pudor.
Principalmente os de estimação.
É preciso mantê-los quietos e submissos em casa.
É preciso que não incomodem.
Transformá-los em objectos que servirão como bonecos, para nosso prazer.
O egoísmo a prevalecer sempre.
É preciso que ninguém nos incomode.
Nem que para isso tenhamos que anular seja o que, e quem for.

Bom, mas quanto a mim, castrar não é só retirar órgãos.
Também se castram pessoas.
As suas ideias.
Capacidades.
Amores.
Afectos, etc…
Diria eu que a maior parte das pessoas passa pela vida a sentir-se castrada.
Uma castração silenciosa.
Sofrida.
Esta pequena reflexão, levou-me a uma canção de que ainda hoje gosto muito.
É de Francisco Fanhais e diz assim (pode ouvir e ler aqui):

«Cortaram as asas ao rouxinol!
Rouxinol sem asas não pode voar.»…

Pelos vistos está actual.

Abraço.

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