Nem sempre a nostalgia é uma atitude de tristeza.
Pode ser um percorrer de lembranças que nos preenchem o
espírito, que nos ajudam a um encontro connosco e com outros, de quem gostamos
e com quem partilhámos momentos felizes.
Podem ser momentos que nos envolvem com o passado distante e
que deixou lembranças boas.
Que, no nosso recato, nos levam a recriar e quase a dramatizar
situações vividas.
Nesses momentos de devaneio bom somos, às vezes, surpreendidos
com um sorriso inesperado e doce.
Aqui, no meu canto quente, é muito fácil ser levada em
viagem!
Num dia como o de
hoje, frio e chuvoso, nada melhor do que um pedaço de casa quente e
aconchegante.
A um canto, uma lareira-salamandra tosca crepita.
Acolhe-nos e envolve-nos com a chama e as ondas de calor que
dela emanam.
O som do seu crepitar
ajuda ao arranque para paragens e caminhos bem delineados, claros e
rectilíneos.
A paz interior que nos invade é suficiente para esquecer por
largos instantes as agruras de hoje.
Esquecer os maquiavélicos e os insignificantes que, com o
seu chicote invisível, nos zurzem e tentam reduzir a nada.
Só por isso, já valeu a «viagem»!
Que gata mais bonita...
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