terça-feira, 30 de agosto de 2011

Quando as areias choram
















Há dias assim.
Nostálgicos.
Tristonhos.
Ainda que o mar tente consolar.
Ainda que, hoje especialmente, ele transmita calma.
Aquela calma morna e serena.
O mar, o amigo vivo.
O que acolhe.
O que tanto dá um ralhete, como acaricia.
Também ele tem os seus dias.
As gaivotas que voam lá alto observam.
As nuvens, qual manto cinzento,
deixam-se cortar.
As areias,
essas,
escorrem penosamente para o mar.
O sol espreita,
como que a dizer:
«Olhem para mim.
Tão belo, tão altivo.
Não vejo as miudezas do mundo!»

As areias desfeitas não param.
Há dias assim.
Nem as areias se controlam.

E o meu livro que ficou em casa!...

Abraço.

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