segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Espantalhos



















Desde criança que a figura dos espantalhos postos nos campos em local estratégico me despertou a curiosidade.
Curiosa, fiz perguntas.
Porquê, para quê?
Concebido como se de uma figura humana se tratasse e enfeitado com os artefactos mais estapafúrdios (tachos, panelas, tampas – e a indumentária necessária), achei sempre que era uma figura engraçada.
Ao longe ouvia-se o bater dos objectos com que o «ornamentavam».
O vento tinha um papel importante para que funcionasse com eficácia.
Os pássaros, coitados, é que se lamentavam
Ao aproximarem-se, tinham medo e saltavam de galho em galho, espreitando um momento mais calmo para comerem.
Penso que este espantalho inspirou depois os trapalhões que, no Entrudo, fizeram dele imitações fiéis.
Seguros da sua graça, exibiam a trapalhice improvisada, fazendo rir quem os via passar.

Quando ainda estava no activo, fiz um com o meu grupo de crianças.
Um espantalho em ponto natural.
O entusiasmo de miúdos e graúdos foi muito.
Durante o tempo que durou a execução, foi uma alegria.
As crianças participaram e deram ideias.
Elas próprias traziam de casa trapos e outro material necessário para a obra!
Aquele espantalho fez as delícias de todos.
Tivemos pena quando tivemos que dar por terminado o tema.

Ficou uma ideia do préstimo daquele boneco desajeitado.

Agora também vemos muitos espantalhos por aí.
Só que nem se dão conta que o são, nem têm préstimo nenhum.
Nem têm a graça que aqueles tinham!...

Abraço.

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