quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Os extremos















Quando se fala em ensino e educação, ouvimos muitas vezes as pessoas dizer:
- Antigamente é que era! Os miúdos eram respeitadores e os professores sabiam impor-se.

De certa forma, esta afirmação até tem algo de verdade.
Mas porque é que era assim?
Temos que ir mais ao fundo da questão.
Será que era correcta a forma como antigamente se administrava o ensino?
Será que a lei da força, por si só, deixou saudades e bons resultados?
Será que os alunos de então guardam boas memórias dessa forma de ensinar?
Das reguadas, das bofetadas, dos puxões de orelhas? Das orelhas de burro?
Da histeria de alguns docentes da altura?
Havia crianças que, com medo, faziam xixi pelas pernas abaixo!...
Que vomitavam na sala e desistiam da escola!

O que é que se fez entretanto, para que tudo mudasse?
Para que se tivesse caído numa situação completamente oposta?
Hoje os meninos são de ouro.
Nem sequer se podem repreender!
Não vá o paizinho à escola fazer um escândalo e até bater nos professores!

Quanto a mim, passou-se de um extremo ao outro.
Antigamente, funcionava a repressão e o medo e isso era muito mau.
Hoje, na sua maioria, inverteu-se tudo.
Em muitos casos, é quase o tu cá tu lá entre professores e alunos.
A anarquia, em muitos casos, é total.
Quanto a mim, nem uma nem outra técnica estavam, estão, certas.
E penso que o defeito é de base.
Ninguém ainda terá pensado que os professore e educadores não estão a ser devidamente preparados para uma tarefa tão difícil como a que têm pela frente?
Ninguém ainda pensou que é preciso preparar pais e professores para conseguirem levar a cabo esta tarefa enorme que é ensinar e educar?

Penso que ambas as partes mereciam uma atenção especial em direcção a essa preparação.
Penso ainda que o ensino não pode ser dissociado da educação, os dois têm que caminhar lado a lado.

Em direcção a uma melhor e mais completa aprendizagem e a uma consciencialização forte do que é o civismo e o respeito pelos valores.

Gostaria de assistir a um processo que dignificasse a escola, os pais e toda a sociedade.
 
Abraço.

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