quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Desta vez…




Pois é verdade. Desta vez o mar falhou-me.
Proibiu-me de estar com ele.
Estrebuchava enlouquecido e entrou em histeria.
Destruiu e arrasou tudo o que encontrou pela frente.
Urrando e sem controlo, exibiu-se como um louco.
Fez tremer os mais ousados e habituados às suas fúrias
Arrancou do seu ventre toda a força e penetrou em terra.
Dela, arrecadou o que pôde.
Os pescadores, seus companheiros de viagem, olhavam atónitos aqueles preparos despropositados.
Demorou a passar aquela fúria.
Parecia um surto!...
Assim não, mar.
Assim, como posso eu continuar a contar contigo?
Onde e quando, volto a encontrar o ombro terno e amigo de que preciso às vezes?
Preciso de ti normal.
Só tu me ouves sem me interromperes.
Só tu não me fazes perguntas.
Só tu me aceitas tal como sou.
Volta, mar.    


Abraço.

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