Adoro macacos.
Macacos verdadeiros, brincalhões, bem-dispostos e inteligentes.
Às vezes, quando os observo, quase me comovo com o
discernimento daqueles seres.
Enquanto trabalhadora no activo, tive oportunidade de acompanhar
as minhas crianças ao Jardim Zoológico mais que uma vez, e de me maravilhar com
o que por lá vi.
Numa dessas idas, deparei-me com um pequenino que, na sua
jaula, tentava construir um puzzle com os paralelepípedos que tinham saltado da
calçada.
Com muita paciência e perspicácia, procurava refazer o
espaço.
Fiquei siderada com as tentativas : põe, tira, volta a
pôr, olha, vira, volta a olhar!...
Aquilo, se eu não estivesse a ver, diria que era uma cena montada!
Não era, eu vi.
Vi e nunca me esquecerei. Foi uma verdadeira maravilha vinda
de um ser tão pequeno e ali sem apoios nem incentivos humanos, no Jardim Zoológico
de Lisboa.
Por isso é que não gosto de ouvir chamar aos nossos
políticos «macacos»!...
Como assim?
Os macacos, eu testemunhei, têm inteligência.
E a deles por onde anda?
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