Foi aqui mesmo ao meu lado, que aconteceu o trágico
acidente.
Aqui, no mar do Meco.
Naquele mar que me é tão familiar.
Que conheço tão bem, que me ouve quando passeio pela praia e
debito os meus monólogos.
Momentos bons e menos
bons, eu já partilhei com ele!
Com todo o respeito, claro, porque aquele mar não está
sempre para amar.
Nos dias não, é melhor dar-lhe espaço. Vê-lo apenas de longe
para não o incomodar.
Respeitar a sua fúria. Gosta de privacidade este mar.
Naquela noite para
mim mal dormida, ouvi-o demais.
Era um desatino fora do comum.
Marés vivas, pensei eu.
Será que os restaurantes de praia resistem?
Era de meter medo.
Foi exactamente aquele mar que sete jovens inconscientes e entregues
a si próprios, decidiram desafiar.
Soube logo pela manhã da tragédia.
Não é possível!
Não se desafia um gigante enfurecido.
Já se especulou muito.
Para mim, aqueles jovens, não tiveram maturidade para
avaliar a situação.
Não se tratou de crianças. Todos eram adultos com
obrigações.
Como será o futuro do país, com cabecinhas destas em lugares-chave?
Perder tempo com a educação e os pincípios não é perder: é
ganhar.
Abraço.
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