sábado, 29 de janeiro de 2011

Caprichos perigosos















Estou neste momento ainda meio boquiaberta com o brutal desfecho da vida do cronista da má-língua Carlos Castro.
Diria eu ao pensar mais calmamente, que ele mesmo cavou a sua própria sepultura.
Ao aliciar jovens musculados e bem parecidos para o mundo da moda, a troco de favores mais que duvidosos e com promessas nem sempre concretizáveis, era mais que evidente que se estava mesmo a pôr a jeito.
As ilusões neste período da vida, não só não têm limites, como não perdoam os falhanços.
Com a sua provecta idade, ao senhor, cego de amor e gula, só lhe faltou um pouco de inteligência.
A idade das fantasias já devia ter passado por ele há muito.
Se queria ser útil, oferecia-se para fazer o papel de avô conselheiro, sei lá.
Bom, mas há outra questão em que tenho pensado.
Que um jovem imaturo, sem experiência de vida, caprichoso, tenha as suas ambições e queira, sem grande trabalho ou esforço, ser uma estrela, subir ao topo, eu que também já tive vinte anos, até posso compreender. Há muitos assim.
Agora que a família os incentive e os inscreva em concursos descartáveis, que apenas servem para angariar audiências e exibir o físico, eu não posso compreender.
Diria eu que o incentivo ao exibicionismo e à cultura exacerbada do físico não será a melhor forma de encaminhar um jovem.
Há valores que ficam diluídos no meio de tanta vaidade.
Penso que aos pais ou a outros responsáveis pela educação dos jovens compete abrir caminhos e mostrar os perigos e não empurrá-los irresponsavelmente para o que pode ser um não-retorno.
Este crime hediondo pode ser assacado a mais que uma pessoa…
Também à vida, talvez!...
Abraço.

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