domingo, 9 de janeiro de 2011

A mentira














Aqui há muitos anos atrás, dava comigo a pensar como o nosso país era tão pequeno e tão atrasado!
Havia muita ignorância, falta de recursos, falta de apoios a nível escolar, de saúde, e tudo o que fazia falta para ter uma vida mais ou menos digna.
Por tudo isto, houve uma onda de emigração que todos conhecemos e que deixou as nossas aldeias do interior desertas de homens jovens, que largaram a família e foram à procura de melhores condições.
Chegavam-nos notícias vindas de países distantes, os chamados países «socialistas»,
que a mim e a outros inocentes como eu, deixavam encantados e com pena de não podermos usufruir daquele desenvolvimento que englobava saúde, ensino, educação,
e desenvolvimento a todos os níveis.
Era preciso trabalhar para conseguir um país assim! E foi para isso que se iniciaram movimentos que, julgávamos nós, nos abririam as portas para um futuro melhor.
Bom, andámos iludidos, muitos de nós, durante tempo de mais!...
O encanto quebrou-se.
E para culminar, aparecem-nos os emigrantes vindos de leste.
Onde está o bem-estar e as condições desses países? A educação, a cultura tão apregoadas?
Soube há dias de fonte segura que, tal como no tempo da escravatura, ainda há quem castigue os filhos amarrados a um tronco, e com (imaginem) pauladas com um ferro, chibatadas e outras coisas assim dignificantes para um ser humano educado e culto.
Para não falar da civilização arcaica e ignorante onde a mulher tem a última palavra, se é que a tem. Onde elas são sovadas por maridos bêbados e trogloditas. Situações destas só no Portugal atrasado do século dezanove!...
Não é possível, estou verdadeiramente enraivecida com a fraude.
Esconder o que precisava de ter sido denunciado, não foi correcto.
Ou será que lá só mostravam o que estava preparado para a propaganda?
Grande mentira!...          
Abraço.

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