sábado, 25 de fevereiro de 2012

O despertador ecológico

















Há um galo meu vizinho, que tem a tarefa de despertar todos os dias à mesma hora.
Hoje acordei com o seu cantar calmo e «responsável».
Sem estar munido de nenhum mecanismo electrónico, ele não falha.
Desempenha aquela que considera a sua tarefa, sem falhas.
Canta com convicção e em vez de nos aborrecer com o seu cantar, quase nos faz um convite a continuar o sono.
No absoluto silêncio da madrugada lá um pouco mais afastado, outro som que há muito não se fazia ouvir.
O mar.
Depois de longo silêncio e de excessiva calma, eis que se volta a fazer ouvir.
E… pum! Na areia que provavelmente já tinha saudades do seu bater amigo.

No aconchego do meu quarto, arrecado a calma que estes sons me transmitem.
Oiço-os e registo-os, como se de uma cantiga de embalar se tratasse.
Ao acordar, já a manhã vai alta.
O sol já aquece a terra que durante a noite gelou.
O galo galanteia as galinhas, suas companheiras de capoeira.
E o mar, o mar continua a sua «luta» com a areia.
    
Ser acordada por estes sons naturais, é mais um privilégio com que a vida me presenteou.

Abraço.

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