Lá fora o frio gelava.
Apesar disso, era preciso apanhar um pouco de ar puro.
Sim, porque aqui o ar ainda é puro.
Fui refrescar um pouco as ideias e, olha, para variar dei
comigo na praia.
Lá, não havia ninguém no exterior.
Pudera, o tempo não convidava.
Ainda assim dei uma pequena volta.
Respirei o iodo e observei as envolventes.
O mar calmo beijava as areias que tinham como companhia umas
poucas e tristonhas gaivotas.
O tempo não lhes era favorável.
O som sibilante do vento fazia-se ouvir fino e cortante.
O silêncio, hoje, «ouvia-se» mais.
Dava até para ouvir as águas do pequeno riacho que cantarolavam,
ao escorrerem dos campos prenhes de água.
Um ambiente bucólico que me agrada muito.
Não fora o frio, ficaria a desfrutar por mais uns momentos.
O nariz gelava.
As pernas eram trespassadas pelo ar que, à beira-mar, é
sempre mais fresco.
O mais aconselhável era voltar para casa.
Os pulmões já estavam com o oxigénio renovado.
O meu «ninho» quente esperava-me.
Este computador, como sempre, ajudou-me a partilhar mais um
momento de calma e de tranquilidade.
São compensações que me reconfortam sempre.
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