Não sei muito bem porquê ou talvez saiba, este mês de Agosto
está a correr veloz.
Como tenho o meu tempo sempre preenchido com tarefas que me
dão prazer, não tenho dado conta de como os dias correm.
Dei comigo a pensar como era quando eu ainda estava no
activo.
Contava cada dia e tentava saboreá-lo o melhor que podia.
Agora aqui neste remanso em que nada é feito com pressa, não
dá para andar ansiosa a contar os dias.
Contudo, com a crise que está aí, sei que muita gente dirá:
- Que bom ter um emprego onde voltar!
Ainda que mal pago.
Onde cada vez se é mais explorado.
Onde a garantia de estabilidade é cada vez menor...
Sempre será melhor, do que estar sem perspectiva.
E ver o futuro mais negro ainda.
Estamos todos no mesmo barco.
Barco esse que continua à deriva.
Que foi largado no oceano e cada um que tem essa
oportunidade, tenta transviá-lo ainda mais.
Com a maior dignidade possível, certamente tentaremos guiar
a nossa vida sem ultrapassarmos os limites das nossas possibilidades.
Quem dera a todos terem um emprego ainda que coisa pouca.
Melhores dias virão?....
Abraço.
É bom ter o tempo sempre preenchido, é muito bom se for com tarefas que nos dão prazer e é excelente quando nessas tarefas está a escrita.
ResponderEliminarEscrita interventiva, de alguém que podendo não se acomoda, que se preocupa, porque está preocupada com os outros.
Como dizia o poeta «La vida no vale nada si yo me quedo sentado»
Continua, se não por ti, pelos outros.
Até sempre.