Tal como o meu blogue indica, guardo na minha memória,
estórias e situações que me dá muito prazer recordar.
É impossível arquivar momentos, gestos, atitudes, cheiros e
sons, que ao longo da minha vida fui registando e me marcaram.
Digo com verdade que foram tempos felizes e de que tenho
saudades.
Hoje lembrei-me de um ou dois sons que, a par da água do
chafariz, me acordavam todas as manhãs.
Eram eles:
- as patas dos burros: toc…toc… no alcatrão e
- as rodas dos carros das vacas: ram…ram… até o som se
diluir na distância.
Eram sons monótonos e bucólicos que me transmitiam calma.
Acabava por voltar a adormecer e só voltar a acordar com
outro som. bem mais barulhento.
Era a chegada do homem do peixe ao largo principal da
aldeia.
Em altas buzinadelas, anunciava a chegada de pescado «fresco»?...
Aí, era a hora de despertar.
Despertar e misturar-me na vivência mansa e doce do dia que
já tinha começado.
Era bom aquele ritual lento e calmo, aquela rotina boa dos
anos sessenta, em que a paz reinava nos corações.
Abraço.
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