Cada vez mais tenho a certeza de que estive sempre certa
quando defendi o profissionalismo e o empenho na profissão que vivi.
Quando, com entusiasmo, li, reli, e fiz a formação que me
foi possível.
Procurei sempre os melhores autores da especialidade, para
alargar horizontes.
E não me limitei apenas ao bê-á-bá que me era imposto.
Aprender.
Aprender sempre, para poder transmitir.
Foi este o curso que tirei.
O da vida.
No directo, com muita vontade e muito, muito afecto.
Corrigindo os erros e tentando melhorar sempre.
Hoje na televisão, tive a prova.
A prova de que sempre estive certa.
Uma frase, só uma, foi o suficiente.
Uma professora do Ensino Básico que, meio consternada,
dizia:
«Hoje em dia, o professor tem que educar, não basta
ensinar»…
Grande descoberta a senhora fez!...
Grande docente esta..
Esta pessoa descobriu só agora a chave do problema.
A frase foi reveladora.
Conceito de Escola, zero.
A ignorância do que é tão importante.
Ensino e Educação são e serão sempre, indissociáveis.
É preocupante mesmo.
Um professor não podia ser tão limitado.
Não podia ignorar
Ignorar o centro da questão.
Esta frase foi suicida e reveladora
Foi uma pequena amostra da incapacidade que tem reinado e ainda
reina.
Seria desejável que não houvesse incompetência, fosse qual
fosse a profissão.
Mas no ensino, considero eu, com maioria de razão.
Este episódio trouxe-me à memória um diálogo que, há muitos
anos, ouvi exactamente a duas docentes cheias de si.
Diziam elas estar cansadas de crianças «burras».
- «Ciganos? Miúdos carenciados? Que chatice. Não há
paciência»!
Não me admirei muito.
As autoras só tinham o curso acompanhado de bazófia!...
Lembro-me que, sem dar nas vistas, me afastei.
O que ouvi foi esclarecedor.
Indignei-me, sim.
Na altura, ainda pensava que o mundo era feito só de gente
com valores.
Com afectos.
E com amor!
Estamos sempre a ser surpreendidos.
Ou não!...
Abraço.
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