São neste momento dezassete e trinta e cinco.
A noite aproxima-se a passos largos.
Lá fora há uma semi-obscuridade que me convida a fazer uma
pausa.
Neste fim de dia cinzento-escuro de Novembro, aqui no meu
espaço ainda não se nota a presença do Outono.
As duas buganvílias, uma de cor amarela e a outra de cor
vermelha, dão as «mãos».
Unidas pelo toque, parecem apelar às gentes que se unam
também.
Tudo aqui ainda é verde e colorido.
Cá dentro a lareira crepita e dá à sala um ambiente morno,
tranquilo e sereno.
E a noite chegou.
O céu fechou-se fortemente.
As nuvens pesadas anunciam chuva.
Eu, aqui no meu canto, faço só meus os momentos em que
escrevo.
Como já reparou, nada de novo, apenas o trivial do dia a
dia.
Também são necessários momentos banais.
Só nós e a nossa privacidade.
Quanto a mim, também ela necessária para o nosso equilíbrio.
Parar um pouco.
Não pensar em nada que incomode.
Dizer ou fazer apenas o que apetece no momento.
Apetece-me também agora, desejar-lhe um bom resto de fim-de-semana.
Tente não pensar na crise por alguns momentos.
Faça apenas aquilo de que gostar.
Abraço.
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