quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Quando a chuva cai











Hoje está um dia daqueles de que eu gosto mesmo.
Sem alarido, pé ante pé, a chuva cai de mansinho.
Como se andasse a brincar, tem-se mostrado e fugido.
Como se fosse um jogo.
Tem espreitado e desaparecido.
De repente, como quem não quer a coisa, decidiu-se.
Cai persistente e calma.
Sem incomodar, mas caindo.
Fazendo lembrar que o Outono tem destas coisas.
Ora frio, ora sol, ora sua excelência a chuva.
Chuva e sol.
Dois agentes indispensáveis à vida.

Para quem pode, sabe bem observar a Natureza.
Como ela se defende e se protege.
Como se despe e se renova.
A chuva ajuda.
Limpa a terra dos pólenes, das bactérias dos micróbios instalados durante os meses do verão.
A chuva.
O chuveiro gigante e abrangente.  
Aquela que impregna de humidade a terra sequiosa.
É agradável vê-la através da vidraça.
A penumbra reporta-nos à noite que está próxima.
Diria que a cama da noite se estende e prepara o descanso do guerreiro.
É bom o silêncio.

Abraço. 


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