Ao analisarmos algumas atitudes com que nos deparamos no dia-a-dia,
chegamos à conclusão de que, embora sejamos todos iguais na concepção, somos
todos diferentes na maneira de agir e de pensar.
É claro que nem poderia ser de outra maneira.
Ou então seríamos uma sociedade de gente toda muito
aprumadinha.
Clones uns dos outros, caminhando em fila indiana.
Quanto a mim, na diferença é que está a piada.
Só que às vezes a natureza prega partidas.
Somos feitos de uma massa que, à partida, é muito difícil de
moldar.
Não há maneira de encaixar na forma da vida.
Por muito que tente trabalhar-se, fica sempre empenada e sem
conseguir adaptar-se.
Acontece isso mais com os insatisfeitos.
Com os que não se aceitam.
Com os que não gostam de si.
Estou a lembrar-me concretamente da actriz Alexandra
Lencastre.
Fiquei chocada ao deparar com a sua cara, numa revista de
fim-de-semana.
Mais uma plástica.
E que plástica!
Tirou-lhe a expressão.
Não é ela, é uma outra que não ela.
Pena, pena, pena.
Era uma mulher bonita.
Mas lá está.
Nunca se aceitou.
Não aceitou a idade que, sem apelo nem agravo, chega sempre.
Não entendeu que as rugas são a nossa vida.
Fazem parte do caminho que trilhámos.
Agora aí está.
No mínimo, perturbador.
Abraço.
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