sábado, 8 de dezembro de 2012

Todos diferentes



Ao analisarmos algumas atitudes com que nos deparamos no dia-a-dia, chegamos à conclusão de que, embora sejamos todos iguais na concepção, somos todos diferentes na maneira de agir e de pensar.
É claro que nem poderia ser de outra maneira.
Ou então seríamos uma sociedade de gente toda muito aprumadinha.
Clones uns dos outros, caminhando em fila indiana.
Quanto a mim, na diferença é que está a piada.

Só que às vezes a natureza prega partidas.

Somos feitos de uma massa que, à partida, é muito difícil de moldar.
Não há maneira de encaixar na forma da vida.
Por muito que tente trabalhar-se, fica sempre empenada e sem conseguir adaptar-se.
Acontece isso mais com os insatisfeitos.
Com os que não se aceitam.
Com os que não gostam de si.

Estou a lembrar-me concretamente da actriz Alexandra Lencastre.
Fiquei chocada ao deparar com a sua cara, numa revista de fim-de-semana.
Mais uma plástica.
E que plástica!
Tirou-lhe a expressão.
Não é ela, é uma outra que não ela.

Pena, pena, pena.
Era uma mulher bonita.
Mas lá está.
Nunca se aceitou.

Não aceitou a idade que, sem apelo nem agravo, chega sempre.

Não entendeu que as rugas são a nossa vida.
Fazem parte do caminho que trilhámos.

Agora aí está.

No mínimo, perturbador.

Abraço.

Sem comentários:

Enviar um comentário