quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Não esqueças…
















Aqui em casa aconteceu Natal.
Como sempre, tentámos transportar para este tempo o natal genuíno.
Apreciamos degustar o sabor verdadeiro.
Um arremedo, cheio de boa vontade e empenho.
Começa com a preparação do cenário.
Alguidar e todos os ingredientes necessários bem juntos, no local do evento.
Será que não falta nada?
Não esqueças o fermento.
E o sal?
Olha o azeite, a laranja…
E, tudo confirmado, começa o ritual.
A força do braço é muito importante para que a massa fique bem trabalhada.
O segredo?
Bom, os segredos são vários.
Diria que a prática e a sensibilidade nas mãos são os principais.
Enrolado o «bebé» numa manta quente, a lareira espera-o com o seu calor que o vai fazer crescer e ganhar corpo.
A frigideira de zinco, já está no fogo e espera a iguaria uma a uma que, pacientemente é depositada e guardada como se de um tesouro se tratasse.
Dá gozo ver o resultado final.
O chá já espera e a prova faz as delícias de quem as aprecia.
Um ritual bonito.
Sem ele, para mim, não haveria natal.


Abraço.

10 comentários:

  1. Era eu a encarregada das filhoses. Tinha encontrado a receita preferida e preparava-me para reunir os ingredientes, quando na minha casota entrou uma empregada de anos na nossa casa (foi interna e casou estando connosco) com uma caixa de broas acabadas de fazer.
    Ora que faz uma alma cristã se pode dar-se ao prazer de não cumprir um dever?... Pega na bússola e muda-lhe a orientação... Filhoses? Haja Deus, que há sobremesas a mais e açúcar acima do qb recomendado. Logo, a bem da saúde e do prazer de alguma gente, filhoses lá para janeiro adiantado...
    E foi assim que não pus as mãos na massinha.
    Houve recriminações, lá isso houve...

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  2. Foram necessários 23 anos e percorrer quase 10.000km, desde a minha aldeia até ao local do crime, para degustar e ficar a saber o que eram as filhoses, que só conhecia dos livros da primária.
    Passaram quarenta anos e quase já lhes perdi o sabor.
    Mas as pessoas que trataram desse Natal, nunca as esqueci.
    Ano a ano no dia de consoada, elas estão sempre presentes, não só pelas filhoses que nunca mais provei, mas pela sua simpatia e todo o amor que puseram nesse natal de 1973.

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  3. Este comentário tocou-me fundo. Levou-me longe no tempo e no espaço.Também nós nos lembrarmos muito bem desse Natal. Nem podia ser de outra forma. Foram momentos fortes, em que nos apoiámos como pudemos uns aos outros.Obrigada por não esquecer. Já agora pode mostrar-se? Gostaríamos!... Abraço.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Mesmo que as pessoas mudem e suas vidas se reorganizem, os amigos devem ser amigos para sempre, mesmo que não tenham nada em comum, somente compartilhar as mesmas recordações.
      De autor desconhecido
      É a melhor definição que encontro para "não esquecer" e onde a palavra obrigada não faz sentido.
      Mostrar-me? Sem problemas, aí em cima, ao lado do comentário removido, aos vinte e três anos de idade. A outra face, aquilo que somos, o que sentimos, penso não ser este o local indicado. Há certos sentimentos que não devem ser partilhados, num espaço destes, por mais respeito e amizade, que me mereça a (o) responsável do mesmo.
      Este foi o porquê de eu, António, fragilizado por factos, que nada têm a ver com a identidade, me levaram a tomar a atitude que tomei. Esses factos partilhei-os em espaço próprio, com um amigo, camarada e "irmão" de outras lutas, talvez amigo comum.
      Para que conste continuo fragilizado, mas por motivos tão diversos daqueles que imagina(ou). Se o último comentário datado de terça-feira, 18 de Fevereiro de 2014, nada tinha a ver com isto as minhas sinceras desculpas.
      _«Essa mensagem que eu escrevi de boa fé e com o intuito de agradar, foi apagada por quem a recebeu e que apagou também o que o próprio escreveu.»
      Como? O meu comentário referia-se ao post acima. Se isto tem algo a ver com o post O nome... Aí sim aceito as desculpas.
      Cordialmente
      António

      OBS. As minhas desculpas mas o texto, saiu todo cheio de gralhas e desconfigurado.

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  5. Porquê, António? Disse alguma coisa que não devia? Desculpe!...

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    1. Porquê? Gostaria de explicar e justificar, mas não aqui.
      Não, não disse nada que me pudesse melindrar.
      Quanto a desculpas, não as vou aceitar, porque não há nada que o justifique
      António

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  6. Olá, Oliveira! Trato-o assim, porque foi assim que chegou até mim pela primeira vez. Esqueçamos os equívocos. Ainda bem que deu sinal. Andei preocupada consigo. Estou sempre aqui. Compreendo a sua situação,ainda que não tenha pormenores. Abraço.

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  7. Olá Oliveira, como está? gostaria de saber de si!...Abraço.

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